Textos
BRUTA GANGA
Na rua Santa Rosa de então - naqueles tempos de Lins –
as ramas da ilusão moravam dentro de mim.
Meu coração, desde então, deu capim.
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- Tenho que ser forte como um touro!
(Um daqueles da fazenda Fortaleza, cabisbaixo e triste, indo pro matadouro.)
- Tenho que ser doce como manga!
(Daquelas dos Fogolins, que o cão Rex protegia, escondido nos pés de pitangas.)
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Sempre que topo comigo, é como se reunisse a tribo, ou mais exato, a sangha.
Ah a lembrança guardada... Bruta ganga. (Meu poço que transbordava, hoje sangra.)
Sérgio de Paula
Enviado por Sérgio de Paula em 11/03/2025