Sergio Roberto de Paula
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Textos
sansara não sara
Um peixe fora d’água caminha pela areia.
O porco faminto pisa na única espiga de milho roída.
A bela mãe indaga um jeito de reunir os filhos.
A Roda de Sansara ainda não está quebrada.
Nirvana é uma miragem longínqua.
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Lágrimas quentes escorrem pela face.
Tento manter o coração frio.
No verão do meu tempo, é o Tibet que aflora.
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Alimento pássaros
Tentando desvencilhar dos mortos
Que habitam a gaiola do meu peito.
Nenhum canto é possível agora.
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Vejo no fogo miríades de sonhos.
Verdades que saltam aos olhos.
O cego vê a escuridão e não crê.
Assim, também cego, não creio.
As luzes borboleteiam enquanto lagartas latejam.
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Destemido com os inimigos
Passo a noite lutando contra a batalha final.
Mas a morte avisa: uma hora eu chego.
Que hora será esta hora?
Inquietante pergunta.
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Para onde vou somente eu vou.
Os outros ficam para trás.
Estes meus outros indesejáveis eu.
A Mente é soberana e é ela quem me guia.
Meus passos são pássaros voando na estrada azul etérea.
Sérgio de Paula
Enviado por Sérgio de Paula em 02/09/2016
Alterado em 27/12/2016
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